"Do Corpo" é o primeiro livro de André Comte-Sponville, inédito até agora. Num prefácio inesperado, o autor lança um olhar divertido sobre o jovem que ele era quando afiava suas primeiras armas teóricas. Esse retrato do filósofo em busca de eternidade é marcado pelo timbre da mais perturbadora autenticidade.
André Comte-Sponville, filósofo materialista, racionalista e humanista, nasceu em Paris, em 1952. Ex-aluno da École Normale Supérieure, foi professor de filosofia e por muito tempo mestre de conferências na Universidade de Paris (Pantheón-Sorbonne), de onde saiu para se dedicar exclusivamente a escrever e dar conferências fora da universidade. Nem otimista, nem pessimista, procura ver as coisas como elas são, sem se iludir. De um ponto de vista epistemológico, aproxima-se do racionalismo crítico de Karl Popper. Separa radicalmente a ordem prática (os valores) e a ordem teórica (o conhecimento). Para André Comte-Sponville filosofar é pensar a sua vida e viver seu pensamento. Ele propõe uma metafísica materialista e uma espiritualidade sem Deus; o conjunto podendo constituir uma "sabedoria para o nosso tempo".
"Só compreendi isso tudo de verdade no dia em que tive filhos, que precisei educar. Quem pode acreditar que o amor seja suficiente para isso? Também temos necessidade da lei, como diz Freud, do superego, da moral. “É proibido proibir”, dissemos em 1968. Quando temos filhos, descobrimos que isso é mentira: que não é proibido proibir, e até, em matéria de educação, é proibido não proibir! Mas, aos 26 anos, eu não tinha filhos: acreditava que o amor ou a sabedoria pudessem bastar… Hoje sei que não é verdade. Mas é também o que dá a esse livro de juventude seu frescor, seu entusiasmo, que constituem uma parte, parece-me, de seu encanto…"
Coluna de Ricardo Guimarães na revista Trip.
Livro de aforismos, esta obra foi escrita em 1977, mas só publicada neste ano – tanto na França quanto no Brasil. Disse Comte-Sponville: "Eu teria gostado de publicá-los na época. Mas era uma coletânea de aforismos e é um gênero que os editores enxergam com reservas. Um deles me disse: “Os aforismos só se vendem quando o autor já é famoso e, de preferência, já morreu!”. Eu era vivo e completamente desconhecido. Os editores, portanto, recusaram-se a publicar meu manuscrito. Claro que fiquei decepcionado, mas não desanimado. Tinha jurado que algum dia o publicaria, quando fosse, se não famoso, pelo menos bastante conhecido para interessar um editor. O tempo passou, até o dia em que disse a mim mesmo que tinha chegado a hora. É um livro pelo qual sempre tive uma ternura especial. Tem os defeitos e as qualidades da juventude: o entusiasmo, o frescor, a candura, a autenticidade, uma forma de ingenuidade filosofante. "
No início da década de 70, dez anos após ter aberto com os irmãos sua primeira livraria em Santos, Waldir Martins Fontes mudou-se para São Paulo e inaugurou a Editora Martins Fontes. Desde o início, o foco da editora foi voltado para a publicação de long-sellers: livros com grande relevância para determinadas áreas do conhecimento. Após o falecimento de seu fundador, Alexandre Martins Fontes, seu filho mais velho, iniciou um novo projeto e fundou a Editora WMF Martins Fontes. A nova empresa seguiu os passos de Waldir Martins Fontes e manteve a filosofia de publicação que sempre foi a marca da editora. Hoje, com mais de 1.500 livros em seu catálogo, a WMF Martins Fontes é uma grande referência no mercado editorial brasileiro e mantém um trabalho sério e cuidadoso em todas as suas edições.
ISBN | 9788578276966 | |
Número de Páginas | 248 | |
Formato | 13,50 X 20,00 cm | |
Acabamento | Brochura | |
Edição | 1ª EDIÇÃO - 2013 | |
Peso | 260 g | |
Idioma | Português | |
Tradução | Eduardo Brandão | |